O Qi Gong / Chi Kung equilibra você.

O Qi Gong / Chi Kung equilibra você.
Circule sempre sua energia.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Uma planta muito simples consegue matar até 98% de células cancerígenas e também frear o diabetes

Este texto foi traduzido e adaptado do artigo original, escrito pelo Dr. Frank Shallenberger, e o link dessa versão encontra-se no final da matéria. Trata-se de uma tradução livre do artigo escrito em primeira pessoa publicado por Shallenberger. Acompanhe:
Eu estou sempre buscando por substâncias que dão uma “chave de braço” no metabolismo peculiar das células cancerosas. É vital que essas substâncias matem as células doentes e deixem as saudáveis intactas. Já falei sobre algumas de minhas descobertas científicas no passado, como o resveratrol, chá verde, seanol e outros. Mas hoje eu vou lhes falar sobre outra planta que seguramente mata o câncer de fome com tanta eficácia quanto uma quimioterapia. Na verdade, funciona inclusive no câncer de pâncreas, um dos mais difíceis de se combater. A planta é um vegetal comum da Ásia e que tem o nome de melão amargo (Momordica charantia - no Brasil, pode ser conhecido como melão-de-são-caetano), sendo popular na região de Okinawa, no Japão. O suco do vegetal, na concentração de 5% em água mostrou ter um potencial assombroso de lutar contra o crescimento dos quatro tipos de cânceres pancreáticos pesquisados, dois dos quais foram reduzidos em 90%, e os outros em incríveis 98% apenas 72 horas após o tratamento! Já comentei em outros artigos a respeito da apoptose, que é a resposta natural de um organismo em lidar com células fora do comum - que simplesmente suicidam. O suco induziu essa morte programada por vários caminhos diferentes. Um desses caminhos foi o de colapsar o metabolismo de alimentação por glicose das células doentes, ou seja, privou-as do açúcar que elas necessitam para sobreviver. Será que esses estudos de laboratório também servem para animais vivos? A resposta é um sonoro “sim”! Pesquisadores da Universidade de Colorado aplicaram doses em ratos que seriam proporcionais a humanos, e eles apresentaram uma redução em 64% do tamanho de seus tumores, sem efeitos colaterais. Esse nível de melhora ultrapassa os alcançados atualmente com o uso de quimioterapia para um tipo de câncer tão letal. O responsável pela pesquisa na universidade, Dr Rajesh Agarwal, observou o costume chinês e indiano de usar o fruto em remédios para diabetes. Vendo que esta doença tende a vir antes do câncer pancreático, o doutor associou as ideias, criando novos rumos nas investigações existentes. A dose utilizada foi de seis gramas de pó do melão amargo para um adulto de porte médio (75 quilos). Os grandes laboratórios e companhias farmacêuticas buscam encontrar petroquímicos patenteáveis que obtenham o mesmo resultado que Deus colocou nesse vegetal. Eles ficam boquiabertos como uma planta tão despretensiosa consegue desnutrir o câncer sem precisar de nenhuma química complexa. No centro médico da Universidade de Saint Louis, a Dra. Ratna Ray, Ph. D. e professora de patologia, liderou pesquisas similares, testando primeiramente em células de câncer de mama e próstata e depois experimentando em cânceres da cabeça e pescoço, que embora representem 6% apenas dos casos, são agressivos e se espalham facilmente, começando por vezes pela boca, garganta, nariz. Com efeito, após quatro semanas de tratamento controlado em animais, o volume e crescimento dos tumores reduziu. A doutora ressalta: "É difícil medir o resultado exato do tratamento com o extrato de melão amargo no crescimento das células, porém combinado com as terapias e remédios existentes, pode auxiliar na eficácia do combate ao câncer." Pesquisadores descobriram recentemente que a síndrome metabólica é amenizada pelos benefícios no metabolismo glicólico. Ótimas notícias, pois não se destrói o câncer por uma via só, e eu acredito que deve ser multifocal: em outras palavras, fortalecer o sistema imunológico, desintoxicar, eliminar infecções dentais e materiais tóxicos dos dentes, alcalinizar o organismo, oxidar o corpo com terapia com oxigênio, e prover nutrientes específicos para dar uma “chave de braço” nos caminhos particulares do metabolismo do câncer. Todas as células cancerosas mostram uma produção anormal de energia que utiliza fermentação ineficiente de glicose. O melão amargo pode ser um excelente aliado ao combate dessa produção de energia anormal. Você pode encontrá-lo na maioria das lojas naturais ou comprar online. Fonte:www.ecycle.com.br

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Comunidade Celebra Ano Novo Chinês na Liberdade

A cerimônia mais importante do calendário chinês será festejada no Brasil nos dias 21 e 22 de fevereiro, na Praça da Liberdade, na região central de São Paulo. Promovida pela Junior Chamber International (JCI) Brasil-China, a 10ª edição do Ano Novo Chinês marca a chegada do Ano da Cabra ou Carneiro.
O evento terá apresentações de danças típicas, artes marciais, música e barracas com comidas tradicionais. As principais atrações são a cerimônia da prosperidade e o desfile do dragão e do leão, que, de acordo com a crença, ajuda a espantar os maus espíritos e trazer boas energias.
Haverá também um culto ecumênico com as principais lideranças das religiões chinesas no Brasil, fogos de artifício, pintura chinesa, apresentação de corais budistas e show de troca de máscaras Bian Lian, uma antiga arte dramática chinesa em que os atores trocam de máscara tão rapidamente que o público nem percebe. Durante a festa, as crianças poderão participar de atividades monitoradas ligadas à cultura chinesa e o público em geral poderá escrever seus desejos para o novo ano em papel vermelho e pendurá-los nas Árvores do Desejo.
A festa, que em São Paulo teve sua primeira edição em 2006, é realizada no bairro da Liberdade, considerado como a maior colônia chinesa do país, com objetivo de divulgar essa cultura para a sociedade brasileira. Oficialmente, o calendário civil chinês deste ano de 4713 começa à meia noite do dia 19 e termina apenas no dia 8 de fevereiro de 2016, às 23h59.
Ano Novo Chinês na Liberdade Quando: Sábado, 21 de fevereiro, das 12h às 20h Domingo, 22 de fevereiro, das 11 às 18h Onde: Praça da Liberdade, São Paulo (SP) Quanto: grátis
Fonte: www.redebrasil.com.br

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Feliz Ano Novo Chines - Ano do Carneiro

Ano Novo Chinês - A Lenda de Nián Shóu (年兽)




Você provavelmente já sabe que a tradição dos fogos de artifícios nasceu na China e que lá se usa muito a cor vermelha, em especial no ano novo.

Talvez você acredite que estes dois elementos dentre outros, fazem parte da maneira festiva e prazerosa que os Chineses comemoram a virada do ano. No entanto, há uma famosa lenda assustadora que explica como tudo começou.

De acordo com a lenda chinesa, Nián Shòu () era um monstro feroz e devorador de homens (com preferência por crianças) que vivia no mar, montanha ou floresta. A localização varia de acordo com a fonte da lenda.

Este monstro era feio e tinha uma boca enorme que poderia engolir várias pessoas com uma só mordida. Algumas tradições apresentam Nián semelhante a um leão ou um dragão, mas de uma forma monstruosa.

Todos os anos na véspera do ano novo, geralmente no inverno, Nián Shòu fazia a sua visita anual as aldeias para aterrorizar os moradores e seus animais. Os habitantes temiam por suas vidas e procuravam refúgio nas montanhas, evitando temporariamente o horror de se deparar com o monstro terrível e ser comido. Outras variantes do mito dizem que os moradores se trancavam em suas casas antes do pôr do sol para evitar Nián.

Um dia, um velho passou pela vila na época do Ano Novo e foi dito para fugir para as montanhas para evitar Nián, mas ele disse que ele poderia afugentar o monstro. Incapaz de convencer o velho para ir para as montanhas, os moradores o deixaram com os seus próprios planos para derrotar a assustadora criatura.

O velho sábio utilizando a cor vermelha, adornou as portas das casas com papel vermelho e começou a soltar os fogos de artifício, bater tambores e a tocar os gongos fortemente ao ver Nián. O monstro sensível aos sons e intimidado pela cor vermelha fugiu e nunca mais apareceu na vila novamente. Outra versão conta que o monstro foi morto pelos habitantes do local após ficar atordoado com os sons e o vermelho.

Eventualmente, essas práticas começaram a se espalhar em outras aldeias e províncias, se tornando uma tradição que vêm sendo parte do ano novo chinês até hoje.

Nián pode ter fugido, morrido ou nunca ter existido. De qualquer forma, só para garantir, qual a cor de roupa que você vai usar neste ano novo chinês, em 19 de fevereiro?

Fonte: http://centrochines.com.br

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Cinco Dicas Básicas do Feng Shui para organizar e decorar a casa

O Ano Novo já passou, porém estas Cinco Dicas podem ser utilizada durante o ano todo, para iniciar o processo de limpeza e fazer circular as energias da sua casa. Bons Fluidos pra você!
A máxima “ano novo, vida nova” também pode muito bem se aplicar à decoração e à organização da casa. Se ao longo dos últimos 12 meses faltou tempo ou energia para deixar o lar mais harmônico, os princípios da ideologia milenar chinesa do Feng Shui podem ajudar a recuperar o equilíbrio das tarefas domésticas e o bem estar do lar. Na lista abaixo, reunimos cinco dicas que colocam a casa em sintonia com seus moradores e com as boas sensações da vida. Veja quais são e inspire-se para 2015.
O que fizer em casa, faça com amor O sentimento emprestado a cada ação feita em casa resulta em energia para o lar. Por isso, das atividades mais triviais e incômodas, como retirar o lixo dos cestos, até as mais complexas, no caso de uma reforma, por exemplo, é preciso nutrir sentimentos de amor e cuidado. Parece irrelevante, mas não é. Experimente olhares mais positivos e gratos por cada tarefa e observe se o ritmo da casa não será mesmo contagiado por essa harmonia.
Mantenha a manutenção em dia Limpeza e organização são metas fundamentais para a saúde da casa, porém, são as últimas coisas em que gostaríamos de pensar quando voltamos de um dia exaustivo de trabalho. Nossa dica é: pense na limpeza e na organização como tarefas tão triviais quanto tomar banho e escovar os dentes. Organizar o ambiente ao seu redor torna mais fácil a organização de ideias e sentimentos. Além disso, um lar limpinho e arrumado aumenta a autoestima e traz conforto visual, um alento para quem já passou tanto tempo no trânsito ou no escritório.
Livre-se do que não usa mais O fim de um ano e o começo do outro trazem a desculpa perfeita para uma “limpa geral” nos objetos do lar. Aproveite a ocasião para descartar peças danificadas e sem uso e separar para doação o que está em bom estado, mas que não é mais utilizado. O acúmulo de objetos sem função em casa atrapalha o fluxo de energia positiva, além de ocupar espaços que poderiam ser melhor utilizados. Livrar-se do que não pertence mais à sua rotina também abre caminhos para reflexão sobre o que você deseja para sua vida a partir de agora. Lembre-se: a mudança traz movimento.
Acredite em sua intuição Tudo aquilo que, ao seu olhar, passa sensações de conforto, bem estar e beleza, merece ocupar lugares especiais na decoração de sua casa. Aposte em sua intuição na hora de escolher peças e cores que cativam os moradores do lar. A mesma regra vale para a disposição de móveis e objetos. Se o projeto for harmonioso aos seus olhos, trazendo convívio e circulação, ele é ideal para você.
Invista no equilíbrio Você já deve ter ouvido falar em Yin-Yang, os dois conceitos básicos do taoísmo que representam a dualidade do universo. Juntos no símbolo preto e branco que os marca, definem o que é equilíbrio. É este, aliás, que também não pode faltar dentro de casa. Por isso, a ideia aqui é mais uma vez apostar no olhar e criar oportunidades para se equilibrar luz e sombra, cores, espaços de permanência e de circulação, intimidade e encontros. Uma casa equilibrada e harmônica é a receita do aconchego.
Fonte: www.gnt.globo.com/casa-e-decoração

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

HAIKAI

O Haikai é uma pequena poesia com métrica e molde orientais, surgida no século XVI, muito difundida no Japão e vem se espalhando por todo o mundo durante este século. Possui uma longa história que retoma a filosofia espiritualista e o simbolismo Taoista dos místicos orientais e mestres Zen-budistas que expressam muito de seus pensamentos na forma de mitos, símbolos, paradoxos e imagens poéticas. Isto se deve à tentativa de transcender a limitação imposta pela linguagem usual e pensamento linear e científico que trata a natureza e o proprio ser humano como máquina. Na filosofia Zen, assim como no Haikai, é necessario ter introspeção e análise mais profunda fazendo-se perceber e descobrir curiosos e belos fatos naturais que de outra forma passariam despercebidos. O objetivo é capturar a essência do local numa poesia contemplativa e descritiva com grande valorização nos contrastes, na transformação e dinâmica, na cor, nas estações do ano, na união com a natureza, no que é momentâneo versus o que é eterno (ruptura do contínuo) e no elemento de surpresa. É uma forma extremamente concisa de poesia que "gira" em torno de uma série bem definida de regras, mas nem sempre obedece sua forma original, podendo ser adaptada para diversas circunstâncias. Assim, existem poemas baseados em apenas algumas das características do Haikai: Poesia de três linhas e 17 sílabas normalmente distribuídas na forma 5, 7 e 5 sílabas respectivamente em cada linha. Assim como o "click" de uma máquina fotográfica, deve registrar ou indicar um momento, sensação, impressão ou drama de um fato específico da natureza. É aproximadamente a imagem de um "flash" ou resultado de um "insight" (=visualização/iluminação), cercado de pureza, simplicidade e sinceridade. Não costuma haver posicionamento do poeta, pois é preferencialmente uma descrição do presente evitando comparações ou conceitos do tipo "isso é belo (ou feio), etc", evitando o aparecimento das fraquezas do ser humano perante a natureza. Mais que inspiração, é preciso meditação, esforço e principalmente percepção para a composição de um verdadeiro Haikai.
Ao sol da manhã uma gota de orvalho precioso diamante. - Matsuo Basho (1644-1694)
As vantagens sobre o estudo e disciplina na escrita e apreciação de haikais são infindáveis. Áreas da vida como percepção, concentração, escrita em geral, comunicação, relacionamentos, intuição, autoconhecimento, meditação, expressão e gosto estético são afetadas e desenvolvidas de forma surpreendente e enigmática por quem entende e participa do haikai.
Fonte: www.insite.com.br

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Chanoyu - Cerimônia do Chá Japonesa

A cerimônia do chá, conhecida como "chanoyu" em Japonês, é um passatempo estético peculiar ao Japão que se caracteriza por servir e beber o "matcha", um chá verde pulverizado. De acordo com a história registrada, o chá foi introduzido no Japão, cerca do século 8, originário da China onde o chá era conhecido desde o Período da Dinastia Han Oriental (25-220DC). O "matcha", conforme é usado na cerimônia do chá de hoje, ainda não era conhecido naquela época. Não foi senão no fim do século 12 que o "matcha" foi trazido ao Japão vindo da China da Dinastia Sung. Todavia, o chá era muito precioso e embora usado principalmente como bebida, era considerado, também, remédio.
O costume de beber "matcha", gradativamente, difundiu-se não só entre os sacerdotes de Zen, mas também no seio da classe superior. A partir de cerca do século 14, o "matcha" também era usado num jogo chamado "tocha". Tratava-se de um divertimento de salão no qual os convidados, depois de provarem de várias xícaras de chá produzido em diversas regiões, eram chamados as escolher a taça contendo o chá da melhor região produtora de bebida. Os que acertavam na escolha recebiam prêmios. Como esse jogo se tivesse tornado moda, as plantações de chá começaram a florescer, especialmente no distrito de Uji, nas proximidades de Kyoto, onde o chá de melhor qualidade ainda é produzido.
O "tocha", gradativamente, converteu-se numa mais tranqüila reunião social no seio da classe superior e os prêmios não mais foram conferidos. O objetivo tornou-se então o gozo de uma atmosfera profunda na qual os participantes provavam o chá enquanto admiravam pinturas, artes e artesanato da China, mostrados num "shoin" (estúdio). Simultaneamente, sob a influência de formalidades e maneiras que regulavam a vida cotidiana dos "samurais" ou guerreiros que constituíam, então, a classe dominante no país, surgiram certas regras e procedimentos que os participantes de uma reunião de chá deveriam obedecer. Assim desenvolveram-se os fundamentos da "chanoyu".
Ao fim século 15, um plebeu chamado Murata Juko, que dominou esta arte da "chanoyu" que se popularizara no seio da classe superior, propôs outro tipo de chá cerimonial, mais tarde denominado "wabicha", que ele baseou mais nas sensibilidades japonesas alimentadas pelo espírito do budismo de Zen. Foi durante o período Momoyama, na segunda metade do século 16, que Sen-no-rikyu, finalmente, estabeleceu a "wabicha" com a forma com a qual a "chanoyu" é realizada hoje.
Mais ainda, o desenvolvimento das maneiras cotidianas da maioria dos japoneses tem sido influenciado basicamente por formalidades como as que são observadas na cerimônia "chanoyu". Como resultado disso, é costume bastante difundido ente as moças antes do casamento receber aulas nessa arte a fim de cultivar a postura e o refinamento oriundos da etiqueta da "chanoyu". Após a morte de Sen-no-rikyu, seus ensinamentos foram transmitidos aos seus descendentes e discípulos. À época de seus tataranetos, três diferentes escolas - a escola Omotesenke, a escola Urasenke e a escola Mushakoji-senke - foram fundadas e continuam em atividade até hoje. Entre elas, todavia, a mais ativa e de maior número de seguidores, é a Urasenke. Ela é chefiada, presentemente, pelo senhor Soshitsu Sen, o 15° descendente do fundador. Algumas das escolas iniciadas pelos discípulos de Rikyu incluem a escola Enshu, fundada por Kobori Enshu, a escola Sekishu, criada por Katagiri Sekishu, e a escola Sohen, estabelecida por Yamada Sohen. Estas escolas diferem entre nos detalhes das regras mas conservam a essência da cerimônia que o grande mestre instituiu. Esta essência tem sido transmitida até os dias de hoje sem oposição e o respeito pelo fundador é um elemento que todas têm em comum.
Fonte: site oficial da embaixada do Japão: www.br.emb-japan.go.jp

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Por que meditar?

Meditar é uma maneira de fugir da pressão do dia a dia? A meditação é uma experiência de se viver a vida na sua plenitude, não importando o quanto ela se nos apresente dolorosa ou prazerosa. Meditar é abarcar a realidade e mergulhar tão profundamente no ato de viver de modo que a barreira dos desejos sensuais seja rompida. A Meditação Chan é um treinamento que nos permite mergulhar na realidade compreendendo as dificuldades e os estresses do dia a dia, de vivenciarmos plenamente a vida dando cabo às dificuldades com sabedoria. O Chan não é uma tentativa de fugirmos das pressões do dia a dia, tampouco de ocultarmos as dificuldades que se apresentem. É um aprendizado, é Xiu Xing (Introspecção transformadora). É observarmos como somos e como nosso comportamento reage frente aos obstáculos e ao nos aceitarmos, como podemos alcançar uma transformação duradoura purificada. Meditar é só para religiosos? Meditar é religião? Meditação não é religião tampouco está voltada apenas aos religiosos. Contudo, a figura do mestre no Oriente é muito destacada dentre monges ou sábios fazendo deles pessoas reverenciadas por representarem instituições, templos ou escolas de artes marciais, de pintura, escultura ou de filosofia. Sobretudo no costume chinês, a imagem do mestre (shi fu) é de alguém que aponta o caminho que devemos seguir e não da figura paterna bondosa que nos dá conforto e proteção. E no caso de eu descobrir ser minha vida não correta, seria perigosa a meditação? Ela pode mudar minha vida? O que devo fazer? Tudo na vida é perigoso e repleto de riscos. Viver é perigoso! Dirigir um carro, voar, viajar por mar, qualquer coisa oferece risco. Mesmo em casa, podemos tropeçar e cair. Muitas vezes emoções encobertas há muitos anos podem provocar o medo de perdermos o controle, de sermos incapazes de nos defendermos e de realizarmos uma drástica mudança no rumo de nossas vidas. O Chan é um processo suave e gradual que corrige aos poucos o rumo da nossa vida, que traz conscientização sobre nossa verdadeira natureza e realidade. Entretanto, se quisermos acelerar o processo de transformação, é conveniente buscarmos orientação. Meditação é uma técnica de relaxamento? Uma das consequências da Meditação Chan é o alcance de um estado de relaxamento e tranquilidade tanto da mente quanto do corpo. O relaxamento das tensões do cotidiano, a dissolução do estresse e das mágoas em nosso coração serão resultados perceptíveis. Mas a proposta do Chan vai mais além. Chan é Iluminação, a compreensão do vazio e a libertação do “ego”. É o caminho da interiorização e da plena atenção. Na realidade, há procedimentos de relaxamento que enfocam a concentração da mente, e conduzem-na para o repouso num objeto, numa imagem ou num tipo de pensamento. Se a prática for adequada, o meditante conseguirá tranquilidade e paz interior muito profunda, podendo chegar ao êxtase ponto esse que a maioria dos sistema ou técnicas estacionam não seguindo adiante. Meditação é entrar em transe? Talvez possa ser para alguma outra modalidade de meditação, mas não se aplica à Meditação Chan, ao treinamento Chan e ao Xiu Xing. Ela é uma interiorização, uma focalização para dentro de nosso self, por isso não é hipnose, nem obliteração da mente, menos ainda de dispersão dos sentidos. No Xiu Xing, nossa consciência se torna mais clara e límpida, temos maior controle sobre as alterações emocionais do dia a dia tornando-nos mais assertivos e perspicazes. Na autossugestão ou hipnose, a pessoa está sobre controle do outro, e como no Chan ocorre uma profunda observação de si mesmo, a pessoa estará sobre seu próprio controle vivenciando a plena atenção. Contudo, se durante a meditação perdermos o controle ou os sentidos, é porque não estamos treinando de acordo com a diretriz do princípio Chan. O Chan é o cultivo da atenção plena e da observação da própria natureza búdica. Meditação significa isolamento, afastar-se do mundo materialista? O meditante estando isolado, passando horas sozinho em sua almofada, pode parecer fugir da realidade o que nos faz perguntar: será que ele não deveria estar empreendendo ações sociais de benemerência, ajudando vítimas de conflitos, da fome ou do que quer que seja? Não deveria ele estar cuidando de idosos e de crianças abandonadas? O meditante não está isolado e nem quer fugir do mundo materialista. Ele é motivado pelo Xiu Xing que purifica e harmoniza seu ideal que é Maaiana, o grande veículo de travessia para além do sofrimento humano. Antes mesmo de partir para obras sociais ou ajudar o próximo, o meditante precisa controlar seu próprio “ego”, para que suas atitudes não se transformem em ampliação de um prestígio egocêntrico. O propósito do meditante é dissipar de sua mente sentimentos obstrutivos como o desejo, o rancor, a impulsividade, o preconceito, a mágoa e a lassidão trabalhando com afinco na meditação para conseguir abandonar a cobiça, a raiva e a ignorância. Enquanto não se desprender desses perniciosos sentimentos suas ações em prol do outro, muitas vezes transforma-se em negócio próprio. Meditação favorece nobreza de pensamento e atitude sublime? Não, a Meditação Chan não traz nenhum tipo de pensamento nobre ou sublime, o Chan é a própria nobreza. Existem alguns sistemas de meditação e de contemplação que podem focalizar a nobreza de atitude e a nobreza de espírito como objetivo, mas no Chan nobreza de espírito e de atitude são apenas um meio, não um fim em si mesmo. Não podemos evitar que esses pensamentos surjam, mas também não podemos nos apegar a eles. Chan é prática, é Xiu Xing. Só isso, nada mais!
Fonte: www.templozulai.org.br/por-que-meditar